Dilma Rousseff diz que defenderá regulação da mídia.


Na noite desta terça (28) a presidente reeleita Dilma Rousseff deu uma entrevista ao “SBT Brasil”, onde falou sobre algumas das propostas que defenderá no seu segundo mandato. Entre elas estão dois assuntos bastante polêmicos, como a regulação da mídia e o projeto de lei 122/2013, que criminaliza a homofobia.

Embora muitos temam que uma regulamentação da mídia seja sinônimo de censura, Dilma afirmou: “Não vou regulamentar a mídia no sentido de interferir na liberdade de expressão. Vivi sob a ditadura. Sei o imenso valor da liberdade de imprensa. Agora, como qualquer setor econômico, ela [a mídia] tem que ter regulações econômicas”, segundo o portal UOL.
Compromisso com a população LGBT - Ainda durante o período eleitoral, Dilma já avisara que tinha “compromissos com a população LGBT”, e no portal oficial de sua campanha, explicitava seu desejo de garantir “o direito à união estável e à adoção de crianças, bem como o reconhecimento social das famílias homoafetivas”.

No programa do SBT, voltou a defender a criminalização da homofobia, que classificou de “barbárie”. Ao ser questionada sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, Dilma apenas defendeu que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu a união civil de homossexuais.

Ao falar em “desenterrar” a PL 122, Dilma mostra por que perdeu este ano o apoio de vários políticos evangélicos que estavam ao seu lado em 2010. Mesmo tendo se comprometido em não mexer nas leis que contrariavam as bandeiras históricas da bancada evangélica, a presidente retoma um assunto que durante ano foi combatido por lideranças religiosas católicas e evangélicas.

Criado em 2006 pela senadora petista Marta Suplicy, a PL 122 sempre foi motivo de polêmica, pois poderia caracterizar como crime, por exemplo, qualquer pastor que pregue contra a homossexualidade. Em 2012, o deputado Marco Feliciano já pedia que houvesse uma mobilização nacional dos que são favoráveis à liberdade de expressão e dos que não concordam com a ideologia homossexual. “Sem isso seremos amordaçados e punidos por não concordarmos com tais atitudes e comportamentos e perderemos o direito da livre expressão do pensamento conquistada e garantida pela declaração de direitos humanos”, aponta.

No ano passado, o senador Magno Malta (PR-ES) já alertava: “Não adianta na época de eleições tomar café com pastor, visitar as igrejas e depois de eleitos, defenderem projetos contra a família, da forma que foi concebida por Deus. Nós vamos nos posicionar contrários aos políticos que defendem essa ideologia homossexual”.

Regulação da Mídia - Ainda objeto de especulação, ao falar em regulação da mídia, muitos analistas afirmam que isso poderá prejudicar as igrejas que compram espaço no rádio e na televisão para exibir programas religiosos.

Outro aspecto que chama atenção quando se fala no assunto é que essa é uma pauta definida como prioritária pelo Foro de São Paulo, organização criada em 1990 por Fidel Castro, “com o propósito de ser um aparato unificador do comunismo em toda a América Latina. Sua intenção foi dar um novo alento ao regime comunista de Cuba após a queda do muro de Berlim e a descida da União Soviética. A ideia, em 1990, era tomar inicialmente o controle de dois países poderosos da América Latina: Brasil e Venezuela, para desde lá financiar a rendição do resto da América Latina aos pés do castro-comunismo”.


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Nos últimos anos, foram aprovadas normas para regulamentar a mídia na Venezuela (2000), na Argentina (2009) e na Bolívia (2011). Isso aconteceu ao mesmo tempo em que esses governos se aproximavam dos ideais socialistas e que acarretou no enfraquecimento das oposições.

Fonte: Gospel Prime

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