No Ceará, escola usa água poluída para cozinhar para 285 alunos.


Em Sobral, no interior do Ceará, a estiagem forçou a escola municipal rural Joaquim Barreto Lima, que tem nota 8,6 na avaliação dos anos iniciais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a utilizar a água de um canal para cozinhar as refeições servidas aos 285 alunos. Segundo a diretora, Francisca Eurismar Silva Ribeiro, a situação foi comunicada desde o início do ano para a Secretaria de Educação de Sobral, que prometeu fazer um poço, mas nada fez: “Fizemos uso da água do canal, sim. Mas ela foi coada e clorada, e a água da cozinha fervida. Toda nossa água é tratada, ela recebe cloro, o ruim é que ela não é decantada, o que deixa resíduos”.

O canal é utilizado para descarte de esgoto, pois falta saneamento básico na região. Secretário de Educação de Sobral, Júlio César da Costa Alexandre informou que o caso já está sendo solucionado, e que, desde ontem, carros-pipa foram enviados para fazer o abastecimento. O promotor de Justiça e coordenador dos núcleos de Infância e Juventude e Educação do Ministério Público de Sobral, Plínio Augusto Almeida Pereira, informou que irá instaurar procedimento administrativo. “Fora isso, está sendo preparada uma sub-estação de abastecimento de água, para atender a região de Jaibara, onde fica a escola. O orçamento já foi feito e devemos licitar em dois meses. Com relação a utilização da água do canal, esta era apenas para lavar a escola e não para cozinhar, o que ocorreu foi caso atípico”.

O promotor de justiça e coordenador dos núcleos de Infância e Juventude e Educação do Ministério Público de Sobral, Plínio Augusto Almeida Pereira, informou que irá instaurar um procedimento administrativo relativo ao caso. “Vamos chamar a direção tanto da escola quanto da secretaria de educação, e ao mesmo tempo apurar as responsabilidades. Precisamos saber se a escola realmente comunicou a secretaria sobre a situação”.

De acordo com o promotor, a situação denota a falta de preparo dos gestores em frente a situação de seca. “Já me deparei com situações parecidas em outras localidades do Ceará, onde caminhões pipa com água extremamente duvidosa abasteciam cidades inteira”.

O magistrado informou ainda que deverá estender a investigação afim de verificar a qualidade da água que está sendo distribuída nestes locais.


Fonte: O Globo


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